sexta-feira

O que você vai ser quando você morrer

Sinopse 

O Que Você Vai Ser Quando Morrer é seu primeiro trabalho publicado em livro. O premiadíssimo escritor Walther Moreira Santos disse:  "Esse título é um achado".

Alexandre Boure ficou entre os trinta melhores romance com o seu Um lugar Para Dois, no concurso Prêmio Sesc de Literatura.

O Que Você Vai Ser quando Morrer é uma aventura existencialista de um ateu suicída que para seu desespero descobre que há vida após a morte.

Com sarcasmo, e descortinando um paraíso incerto, onde Deus é uma indefinição e o Diabo é um pobre bode com medo de ser sacrificado, a história revela que a morte apenas destitui o personagem de seu livro-arbítrio.

Autor

Alexandre Boure é capista, criou diversas capas a autores do Clube, trabalha para pequenas editoras e, sobretudo, busca o mercado independente.

Seu trabalho como capista pode ser visto no www.designdoescritor.blogspot.com  É também revisor e diagramador.

Trecho do Livro

 Muito além de nós, no horizonte amarelado e trêmulo, via-se uma pequena sombra que crescia desmesuradamente rápida. A sombra vinha como algo físico e intimidador. Meu orientador estava nervoso e inconformado, mas permaneceu parado como se nada pudesse fazer. A luz em mim se intensificou e fiquei inquieto, ao mesmo tempo que  a estranha aparição se aproximava, tornava-me temeroso e repleto de vibrações pelo corpo. Logo distingui a forma, um cavalo e seu cavaleiro, na luz fina ergueu uma espada curva, como uma cimitarra. Vi então bem o cavaleiro que a segurava tão alto e soberbo como um guerreiro das lendas nórdicas. Ele ergueu um pouco o quadril e a cimitarra tornou-se maior, o braço poderoso se posicionou rígido. Seus olhos injetados de sangue. Era um perfeito ser humano, na sua mais excelente forma. Já minha fina e brilhante massa se intensificou, e quando a lâmina passou sobre mim o lençol que era empalideceu, perdendo luz. Uma dor intensa, além, muito além da dor que repercute na carne invadiu-me e desmanchei no chão. Espalhei-me como uma seda se espalha em uma superfície. Meu orientador me ergueu e a agonia continuava dentro de mim. Todos os medos e todas as enfermidades pareciam orquestrar uma grande festa de horror em meu íntimo. Enquanto ouvia os cascos do cavalo se suavizar na planície. Meu orientador me olhava como envolvido por uma névoa, e seus olhos me consolaram um pouco no vazio agonizante em que o cavaleiro havia me lançado. Como saber quanto tempo durara aquela aflição dolorosa, naquele lugar o tempo era confuso e esparso. Mas quando se foi o alívio e a sensação de paz voltou, e aquilo era perfeitamente recompensador.
Blog 

3 comentários:

She disse...

O Alexandre é o responsável pelo sucesso da capa do meu livro CABRA CEGA, parceria que deu certo com o seu talento inquestionável, e certamente ele será o responsável pelas capas de meus próximos livros... Desejo muito sucesso para ele!
Beijo, beijo em todos!
Sheila (She)

Fil. disse...

eu adorei!
realmente um tema interessantíssimo, desenvolvido de uma maneira singular.

Lerei :)

Anônimo disse...

Obrigado queridos! E vamos em frente!