Gisele Henriques

Olá a todos.

Bom, depois de toda a correria de final de ano e trabalho temporário eu (Rafaela) estou conseguindo me organizar novamente e voltar a mesma dedicação ao "Ei, olha meu livro!".

Com isso, as entrevistas semanais voltam com força total!

E a escritora entrevistada da semana é uma moça mega simpática, que além de escrever também faz tirinhas com um personagem muito fofinho e também é repórter!

Pessoal, com vocês: Gisele Henriques! 

"Gamemania" aborda algo que fez parte da infancia de muita gente: video-game. Como surgiu a idéia para escrever um livro sobre várias histórias envolvendo o tema?

Existe literatura sobre games, mas geralmente fala de questões técnicas ou dicas de jogos. Eu sempre quis ver histórias, casos reais, envolvendo a paixão pelos joguinhos. Afinal, os games fazem parte da vida dos usuários, por que não contar um pouco sobre a realidade dos jogadores??

Como foi o processo de elaboração do livro? Tem apenas experiências suas ou tem relatos de outras pessoas?

Bom, eu comecei a escrever contos sobre minhas peripécias de adolescente, criando personagens fictícios como alter ego, aí sempre tem aquela história que um colega conta, ou um vizinho, ou até mesmo meus amigos que troquei correspondência durante tantos anos... dividi elas em tópicos, tipo "detonando games", "locadoras", etc...

Hoje em dia ainda gosta de jogos de video-game? Tem algum favorito?

Sim, sempre jogo, acredito que videogame é uma midia que se incorpora na vida diária, é como assistir TV.Adoro a série Guitar Hero (tenho o controle guitarra!), como toda menininha amo jogar The Sims... também fico atenta as novidades e lançamentos. Tenho um Nintendo DS e ainda não consegui zerar Sonic Rush!!!!! (falta tempo). Mas quando estou tensa, adoro o Free Cell do PC para me acalmar!! XD

Além de "Gamemania" você também faz tirinhas, como percebeu que você tinha "jeito com a coisa"?

Sou uma contadora de histórias. Adoro contar histórias. Se desenhar me traz uma história mais visual, as tiras me trazem um humor mais imediato; é uma piadinha rápida. Sempre amei desenhar, desde criança. Aí pra criar personagens, foi um pulo...

Um personagem frequente nas suas tirinhas é o Gato Coió. Como ele nasceu?

Coió nasceu do tédio do meu curso de Tecnologia em Contabilidade. As aulas com cálculos eram maçantes demais, preenchia aquele blablabla desenhando nos cadernos. Assim ele surgiu, para "conversar" comigo durante a solidão daquelas aulas. Me formei, sou registrada no Conselho, mas não exerço. Porém, desenho até hoje... XD

Voltando a falar de livros, quando e como você começou a escrever?

Desde criança escrevia pequenas histórias. Escrever alegra muito meu coração. É ótimo olhar para o mundo, reconhecer personagens, fatos, locais e transformar tudo em palavras. Marcam épocas, são relatos de épocas e mostram nossa evolução enquanto pessoa, enquanto escritor.

Você tem algum “ritual” quando vai escrever?

Só ligar o PC e colocar em letras o que estava dentro da minha cabeça, mesmo.

Quais são seu autores favoritos? Há algum que seja mais especial que os outros?

Bom, passei muito tempo lendo somente livros espíritas e técnicos (Administração, Jornalismo, Contabilidade, Filosofia, Literatura). Não deixo de ler os clássicos, como Machado de Assis, etc, mas sinceramente, os livros de Chico Xavier trazem uma verborragia difícil de encontrar na Literatura atual. Aconselho a ler um, nem que seja por curiosidade. Nesse quesito, recomendo "Há Dois Mil Anos" e a continuação "50 Anos Depois". Volta e meia algum autor me surpreende, o último livro-surpresa foi pra mim o "Comer, Rezar e Amar"... mas a lista de livros excelentes é grande, acredite!! Vou colocar todos no meu Skoob!!

O quê escrever representa na sua vida?

Sobrevivência. A cidade onde moro durante um tempo não tinha energia elétrica regular, aí pra passar o tempo eu escrevia, desenhava. É uma terapia, uma cura pra depressão, pro mau humor. É quando eu posso ser eu mesma. Não só com os contos ou poemas, mas também com as reportagens, ou no meu blog... é sempre uma alegria escrever, é um ato de amor, de partilhar pensamentos.

O quê sua família diz sobre o fato de você ser escritora e fazer tirinhas?

Ninguém me leva muito a sério, afinal, não me transformei em nenhum Maurício de Sousa. Mas acompanham com alegria quando eu ganho concursos, sou publicada em coletãneas ou apareço em jornais!!

Já está trabalhando em um novo livro?

Sim, quero fazer algo voltado para as Mulheres que Amam Demais, sem ser livro de auto ajuda. Quero que seja algo que traga esperança na vida, apesar do sofrimento. Está nascendo, mas tem potencial. Tenho outros escritos que também quero aperfeiçoar, mas é o tempo que vai dizer se irão se transformar em livros.

Momento Ping-Pong

Um livro: Evangelho Segundo o Espiritismo.

Uma música: estou amando ouvir o CD Chinese Democracy, do Guns n´Roses...

Um filme: O Âncora.

Uma frase: "Nada muda se você não mudar".

Um ídolo: Deus, e só Ele.

Um exemplo de vida: Chico Xavier.

Uma cor: pink.

Uma mania: organização.

Um lugar: Lisboa.

Um sonho: Que todos as pessoas possam viver com dignidade.

Para terminar, poderia dar alguma dica ou palavra de incentivo para quem está começando na carreira de escritor?

Estudem. Procurem sempre fazer cursos e ler bons livros, se puder fazer uma faculdade de Letras, melhor. Ninguém merece ler erros de português, de gramática. Também evitem os modismos. As vezes, uma boa história está bem próxima da realidade, e a gente não percebe. As aventuras do vizinho do lado podem render um bom livro, ao invés de mais uma cópia de "A Cabana". Lutem, insistam, brilhem!! Felicidades a todos!!