sexta-feira

Dan Albuk

Nosso entrevistado da semana é um escritor que mesmo vendendo seu primeiro livro apenas pela internet conquistou uma popularidade tão grande que chamou a atenção de uma das maiores editoras do país e em breve terá seu livro "Lerulian - A Queda da Cidade dos Homens" nas prateleiras de todo o país.

Senhoras e senhores; meninos e meninas; escritores e escritoras, com vocês: Dan Albuk!

Mesmo sendo vendido apenas pela internet, “Lerulian” já faz sucesso. A que você deve essa popularidade?
Principalmente a internet. Divulguei muito pelo Twitter, Facebook, Messenger, Clube de Autores, Skoob e Blogs. Agradeço muito a todos que me ajudaram na divulgação, aos amigos que indicaram para outros amigos e aos desconhecidos que me apoiaram.
Não esperava esse retorno tão cedo, coloquei o livro no ar em Setembro deste ano, e logo na primeira semana era o mais comentado do Clube de Autores. No mês seguinte entrou para os mais vendidos, chamando atenção do Diretor Geral do Clube, Ricardo Almeida, que me ajudou muitíssimo com uma entrevista.
Recentemente fui contratado pela Editora Novo Século sob o selo Novos Talentos da Literatura Brasileira. O lançamento está previsto para Março ou Abril de 2011.

E como ficou seu coração ao receber o contato da Editora Novo Século e saber que ela queria publicar seu livro?
Sabe aquela sensação estranha na barriga? Como se apertassem suas entranhas com força? Então, foi assim que ele ficou.

Já tem previsão de quando ele estará nas prateleiras das livrarias de todo país?
Sim. Em Marçou ou Abril Lerulian já deve estar pintando nas principais livrarias do Brasil.

Agora, falando um pouco sobre seu livro: como “Lerulian” surgiu: primeiro nasceu a história ou ela veio a partir de um personagem?
Sinceramente eu não me lembro muito bem. Tive a primeira idéia em uma das longas e arrastadas aulas de Matemática, isso eu tenho certeza. Estava no ensino médio quando surgiu aquele “click”, talvez fazendo prova de recuperação, como sempre. Metade da prova eu passava me descabelando e a outra metade desenhando criaturas, personagens e paisagens. Desses desenhos surgiu todo o “Background” de Lerulian, principalmente os personagens e os lugares. A trama passou por milhares de modificações ao longo do tempo, e cada etapa da minha vida influenciou muito toda a história. Posso dizer que em cada parte da obra existe uma parte da minha vida. Em cada criatura, em cada esquina da Cidade dos Homens eu encontro uma frustação, um momento de felicidade, raiva, em cada personagem um sentimento enterrado que só eu sei achar.

Vaan Sorg, personagem principal do livro, foi o primeiro a ser criado ou ele 'nasceu' depois de outros que aparecem na trama?
Vaan Sorg deveria ter morrido nas primeiras páginas do livro. Mas o que eu posso fazer se os personagens ganham vida quando você menos espera? Primeiro criei o Val-Grahn, o “vilão”, e ele ainda continua sendo o meu preferido. Sorg apareceu só depois, e simplesmente me cativou de um jeito estranho, não pude mata-lo como eu tinha planejado, então o coloquei como protagonista.
Sorg dá o equilibrio  certo à obra, e ficará ainda mais visível no Vol 2.

Qual foi a inspiração para a criação do herói da trama? Teve alguma referência?
Não, nem mesmo uma. Sorg apareceu na minha cabeça como um estalo. Construí sua personalidade ao longo do livro, e é isso que eu mais gosto nele, o poder de me surpreender a cada instante.

E para o vilão?
Val-Grahn não é um vilão clássico. Ele tem bons motivos para fazer o que quer.
Bem e Mal é algo muito relativo. Sempre digo que Val-Grahn tem muito da minha personalidade como escritor. Eu criei o mundo de Lerulian, e mesmo assim não tenho total controle sobre ele.

Há algum personagem do livro que tenha sido inspirado em algum amigo ou até mesmo em você?
Vários! Rus Kaisir, Urno Onteiro, Rhynna, Axel Amagog e outros.

É indiscutível que, para um escritor, os personagens são como uma espécie de filhos, logo, não dá para dizer que ama mais um do que outro. Mas para você, existe algum mais especial do que os outros? Por quê?
Sim, com certeza. Meu preferido é o Val-Grahn. Sempre gostei mais dos vilões que dos mocinhos. Gosto muito do Sorg, Rus e Lothar também, mas Val-Grahn é especial para mim.

Teve algum personagem que deu mais trabalho para ser elaborado?
Sim. Hélora deu um trabalho considerável para criar. Ela é uma verdadeira mistura de todas as mulheres que eu conheci. É feminina, frágil na medida certa, tem uma personalidade fortíssima, é doce, corajosa, arrogante, apaixonada, uma pessoa de fibra e uma personagem que cresce muito durante o livro.

Costuma ter os famosos e tão temidos “bloqueios criativos”? O quê faz quando eles ocorrem? Ocorreu algum enquanto estava escrevendo “Lerulian”? 
Sempre tem. Sempre bate aquele pensamento: “Que que eu estou fazendo? Será que vai dar certo? Será?”
Mas isso faz parte de qualquer profissão. Nada é certo, e é por isso que se deve fazer o que ama.
Bloqueio criativo? Vá ver  um filme, jogar video game, sexo é uma boa pedida também, funciona comigo. Claro, cada um se comporta de um jeito, mas eu procuro ocupar minha cabeça com qualquer outra coisa quando surge um desses bloqueios. Aí, como mágica, a idéia vem.

Quando e como você começou a escrever? 
Sempre gostei de escrever. Na escola escrevia muitos contos de terror e suspense, sempre regados a muito sangue. Desenhava muito também, e isso me ajudou bastante na hora da criação. Se bobiar, as freiras da escola ainda devem achar que eu vim das profundezas do inferno.
Comecei a escrever Lerulian de brincadeira, era só um jeito de passar o tempo. Naquela época eu não tinha a mínima idéia do que eu queria da vida, tinha tentado de tudo um pouco e nada tinha despertado aquela labareda de vontade. Escrevia durante horas, passava a madrugada tomando café e trabalhando. Respirei Lerulian durante uns bons meses, e aí que percebi que eu realmente amava escrever. 

Você tem algum “ritual” quando vai escrever?
Sim. Coloco uma música instrumental, uma garrafa de vinho do lado, abro o livro das trevas, acendo  uma vela e invoco as sombras da perdição.
Brincadeira, não tenho nenhum ritual. O máximo que faço é ouvir uma boa música.

Quais são seus autores favoritos? Há algum que seja mais especial que os outros?
Stephen King é o meu preferido.  Acho que ele é simplesmente sensacional.

O quê escrever já representa na sua vida?
Bastante. É o trabalho que eu escolhi para mim, uma coisa que eu amo fazer e que tem me dado muita alegria até agora.

Como sua família se posiciona sobre sua carreira de escritor?
No começo foi complicado. Na maioria das vezes, a família sempre quer o melhor pra gente, então é difícil quando  você chega pra sua e fala: “Vou passar três anos escrevendo um livro, é isso que eu quero pra mim. Por favor, não se desespere, não pense que sou vagabundo nem que me meti com drogas.” 
Escrever não é difícil. Difícil é ter que aguentar o peso de todo mundo falando o que você deve, ou não, fazer.

Já está trabalhando em um novo livro?
Sim. Lerulian Vol 2 já está sendo feito e está muitíssimo melhor do que “A Queda da Cidade dos Homens”.

Depois que terminar a saga “Lerulian” pretende escrever algo que não seja do gênero “fantasia medieval”?
Estou escrevendo um suspense, vamos ver se consigo lança-lo junto com Lerulian Vol 2. 

Momento Ping-Pong

Um livro: O Apanhador no Campo de Centeio
Uma música: Bohemian Rhapsody - Queen
Um filme: O Poderoso Chefão
Uma frase: “A história será gentil comigo, pois eu pretendo escreve-la”
Um exemplo de vida: Muitos
Uma cor: Preto
Uma mania: Roer unha
Um lugar: Quatro Folhas
Um sonho: Voar

Para terminarmos, poderia dar alguma dica ou palavra de incentivo para quem está começando na carreira de escritor?
Não trate seu objetivo como um sonho e sim como uma realidade.

Queria agradecer a querida Rafaela Rocha, que me deu a oportunidade de divulgar o meu trabalho aqui no Blog, e é claro, um grande parabéns pelo livro Escapismo! Gostaria também de mandar um grande beijo a todos que estão me ajudando, seja no Twitter, Facebook, Skoob, na rua ou qualquer outro lugar! Foi um grande prazer!


12 comentários:

Julie disse...

Adorei a entrevista! O livro é maravilhoso, muito cativante,com personagens marcantes!! =DD Parabéns!

Mare Soares disse...

Ahh, como eu quero esse livro :(
E nossa, ele é tão simpático xD

Denise disse...

Esse menino é bom mesmo!
A entrevista está fantástica, assim como o livro!
Parabéns!!!

Ana Alice disse...

Uma pessoa muito carismática, este menino. Tem um futuro brilhante! Não vejo a hora de poder ler o próximo livro.
Sucesso Dan!

Lucas S. Bertolino disse...

Dan cada vez mais foda. Estou acompanando o crescimento desse escritor fantástico desde a publicação de Lerulian, e posso dizer que é espantoso! Lerulian é um sucesso e ninguém pode negar. Parabéns, Dan, você fez por merecer.

Lisa disse...

Realmente, um rapaz simpaticíssimo. O conheci no twitter, ainda não conheço sua obra, mas a vontade não falta!

Unknown disse...

Entrevista excelente! Orgulho de ter Lerulian na minha estante de livros!

Manchester disse...

Tá show a entrevista hein!!
Dan, meu blog vai ser o próximo hein!! Te prepara rapá!!

She disse...

Sensacional a entrevista, o sucesso, o senso de humor e a garra, adorei! Parabéns e muito sucesso pra vc, já falei contigo pelo twitter, mas volto a repetir por aqui. E muito obrigada pelas dicas que deu, sempre ajuda a todos os autores, assim como a mim...rs
Beijo, beijo pra você e na Equipe do Blog, principalmente, pra vc Rafaea! ;)
She

Rina disse...

Amei a entrevista, Dani. Você além de escrever muito bem e ter uma imaginação fantástica tem a sorte de ter uma mãe como eu.rsrs
Beijos Rina

Bruno disse...

Ainda estou esperando minha copia do livro aqui em casa hein dan. O livro aparenta estar demais. Mais ve se nao esquece dos amigos chatos

Cris Piloupas disse...

Estou super ansioso para a chegada deste livro nas livrarias.Espero conseguir autografar o meu assim que comprar! Há pouco tempo ouvi falar sobre o"Dan "e concerteza já sou um escritor fã! Parabéns!!!