sexta-feira

Poemaduro

Sinopse
O que nos espera nestas páginas é um formato eclético de poesia que não se ocupa meramente em perseguir estilos pré-definidos ou regras acadêmicas. Ao contrário, considerando-se que não há como se escapar aqui de algum tipo de impacto, “esbarraremos” em um poeta livre e original, que conduz sua criação – a um só tempo – com a leve candura de um colibri, mas com o vigor e a autonomia de uma águia dos desertos.
Enquanto colibri, Mailton Rangel extrai de sua mais intimista subjetividade, toda uma complexidade de conteúdo com o mínimo de movimentos ou barulho, mostrando, às vezes, com as imagens e os silêncios de poucas palavras, muito mais do que os olhares displicentes possam captar.
“Eu busco um lirismo forte / Uma espada / Um devaneio / E uma tocha... / Já não me encanto mais / Com flor que desabrocha / Quero um desabrochar... de rocha!
Já a águia, revela-se pela apurada acuidade visual, capaz de enxergar seus objetivos até quando distantes e camuflados sob carapaças. Isto se associa à determinação de lançar-lhes suas garras e sacudi-los, até que dali se transpareça uma essencialidade esquecida ou petrificada.
“Por mim / Não existiria uma só praça / Com nome de general / Porque praça
É lugar de criança / E general que tem nome / Ainda hoje me lembra... Matança!

Mailton Rangel - escritor, músico, poeta... nasceu aos 07 de setembro de 1952, em Italva, Estado do Rio de Janeiro. No entanto, radicou-se na Baixada Fluminense desde os três anos de idade, onde, durante as décadas de 70 e 80 – integrava-se, na medida do possível, aos movimentos culturais da época; e assim ele consolidou seu gosto pelas artes, apurando substancialmente a visão crítica que hoje exterioriza em várias vertentes de sua diversificada produção, especialmente nos poemas e canções que cria.
Ainda em 1980, publicou seu primeiro livro – Pólen ao Vento, mas, por considerá-lo só um arroubo da juventude, cujo teor se estagnava um pouco àquele momento político-social, o autor jamais aceitou reeditá-lo.
Hoje, como Analista Judiciário no Estado do Rio de Janeiro, Mailton Rangel é um bacharel em Direito, e não em Letras, Música ou Filosofia, como lhe pareceria mais inerente. Porém, meio que paradoxalmente, tal formação também lhe acrescentou em termos de senso de justiça e de cidadania, corroborando com a sua poética voltada prioritariamente para a defesa da dignidade e da essencialidade humana, posto que tais atributos também figuram como objeto de tutela da corrente naturalista das Ciências Jurídicas.

Nenhum comentário: